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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

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Estou muito feliz por poder compartilhar coisas que são importantes para mim.
Sou estudante de pedagogia e pretendo fazer faculdade de música, faço estágio numa escola que amo, amo meu namorado e minha família. No momento o que me move a escrever é a felicidade, o que nem sempre conto como vantagem pois já não acho que escrevo bem, e feliz parece que minhas palavras soam mais fúteis! kkk

Bem vindos e que eu possa contribuir com alguma coisa na vida de vocês.

Beijos!


segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Poder de Cura da Música



Peter Jaret
(Citado na edição brasileira da revista Seleções do Reader's Digest de dezembro de 2001. pág. 131)

Quando Debbie Clark levou Adam, seu filho autista de 3 anos, a um musicoterapeuta, o menino mal conseguia falar. Na clínica da Universidade Estadual da Califórnia, os terapeutas incentivaram o garoto a se expressar, tocando instrumentos e tambores. E musicaram conversas a fim de fazer Adam falar. "Em três meses a transformação foi fenomenal" diz Debbie. "Antes, Adam nunca olhava pessoas desconhecidas nos olhos, muito menos falava com elas. Agora, dá adeus aos terapeutas e diz: 'Tchau, Jim. Tchau, Ron. Até semana que vem.' Pode acreditar: isto é música para os meus ouvidos."

Pesquisadores vêm descobrindo que a música pode ajudar a curar de várias maneiras. Vítimas de queimaduras estimuladas a cantar quando lhe trocam as ataduras sentem menos dor. Pacientes de câncer que ouvem música e aprendem a tocar instrumentos, por exemplo, vêem os níveis de hormônios do estresse cair e o sistema imunológico se fortalecer.

Parte do poder da música resulta da capacidade de reduzir a ansiedade - que pode comprometer as defesas imunológicas, bem como intensificar a sensação de dor. A música, em especial o canto, desvia a atenção da pessoa do sofrimento e alivia a tensão.

As experiências com crianças autistas como Adam Clark sugerem que os efeitos da música vão além, influenciando mesmo o desenvolvimento cerebral. O uso terapêutico da música parece ativar partes diferentes do cérebro, inclusive áreas associadas a controle motor, memória, emoção e fala, explica o neurocientista e músico Michel Thaut, da Universidade Estadual do Colorado.

Em seu trabalho, Thaut vem se valendo da estreita ligação entra música e movimentos para ajudar vítimas de acidente vascular cerebral, paralisia cerebral, distrofia muscular e mal de Parkinson.

Segundo o musicoterapeuta Ron Borczon, "há séculos os curandeiros usam músicas e tambores. Estamos apenas redescobrindo o que sempre souberam: a música, por meio de sua profunda repercussão sobre a mente e o corpo, pode ser uma arma poderosa para curar as pessoas".

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

História da Música - MODERNISMO


A Arte Rebelde do Nosso Tempo

As catástrofes sociais que abalaram o mundo na primeira metade do século XX mostraram o quanto era falso continuar fazendo música em termos de passado. Pesquisas rítmicas, o ressurgimento de formas musicais antigas para resultados modernos, o uso de várias tonalidades (politonalismo) ou de nenhuma (anatonalismo) não constituem mero exotismo. Simplesmente refletem, com a força do real, a verdade da nossa época.
Quando Igor Stravinsky (1882) estreou a sua Sagração da Primavera, a 29 de maio de 1913, foi um escândalo. mas o escândalo passou e a influência do compositor cresceu sem cessar, a despeito de todos os ataques da crítica.
Uma corrente agressivamente nacionalista desenvolveu-se com Béla Bartók (1881-1967), na Hungria, fazendo com que os compositores de todo o mundo volvessem sua atenção para o interior de suas respectivas pátrias, revivificando o mesmo espírito que decênios antes levara à formação do Grupo dos Cinco, na Rússia. Nos Estados Unidos, George Gershwin (1898-1937) valeu-se do "jazz", em busca das fontes originais da expressão musical de seu povo. Antes dele, Edward Alexander MacDowell (1861-1908) pesquisaria o folclore indígena, estilizando-o em trabalhos de nítida influência alemã. No Brasil, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) também buscou no folclore a inspiração para sua obra. Alexandre Levy (1864-1892), Alberto Nepomuceno (1864-1934) e Ernesto Nazareth (1863-1934) se haviam antecipado a ele, explorando os elementos indígenas, africanos e europeus que originaram a nossa cultura. Contudo, foi Villa-Lobos quem fez com que a música brasileira alcançasse sua expressão mais genuína, divulgando-se internacionalmente.
Uma outra corrente da música contemporânea busca inspiração nos barrocos ou nos clássicos, como Monteverdi, Pergolesi e outros. É o Neoclassicismo ou o Neobarroco. Stravinsky passa por esta fase, em novo momento de sua diversificada carreira. Erik Satie (1866-1925) contribuiu com um movimento também anti-romântico, desenvolvendo, na mesma época de seu compatriota Debussy, um idioma harmonicamente arrojado. Partindo de Satie, reuniu-se na França o Grupo dos Seis - Francis Poulenc, Darius Milhaud, Arthur Honegger, Louis Durey, Germaine Tailleferre e Georges Auric, aos quais coube a implantação do Neo-Impressionismo, em têrmos de desligamento de Debussy.
Ao mesmo tempo, o alemão Paul Hindemith (1895-1963) e Benjamin Britten (1913), na Inglaterra, empenhavam-se em reconquistar o público, fazendo "música funcional", mais habilidosa e acessível.

Dodecafonismo

As investidas feitas por Wagner contra o sistema tonal foram retomadas por Arnold Schöemberg (1874-1951) para realizar radical revolução. Schoenberg levou às últimas conseqüências o cromatismo wagneriano, provocando a superação da tonalidade, levando a música à atonalidade. Posteriormente, organizou um sistema para compor dentro da atonalidade: a Teoria do Dodecafonismo, que se baseia na escala dos Doze Sons (sete tons e cinco semitons). Sua grande novidade é pretender dar a cada um deles a mesma função numa obra musical. Vai formar novas séries ou escalas, empregando livremente os Doze Sons da escala cromática.

A Antimúsica Para Salvar a Música

Os austríacos Alban Berg (1885-1935) e Anton von Webern (1833-1945) foram os seguidores mais destacados da "Escola de Schöenberg", deixando obras de extraordinária importância.
O francês Pierre Boulez, por seu turno, levou às últimas conseqüências o Dodecafonismo, explorando-o sob os aspectos do ritmo, da dinâmica, do timbre, etc. Em 1948, ainda na França, Pierre Schaeffer (1910) introduz a Música Concreta. Esta se baseia na pesquisa de "sons concretos", como o barulho do avião, o tilintar de vidros, o canto das aves, etc., os quais são captados por gravadores e tratados em aparelhos eletrônicos.
Como decorrência disto surge a Música Eletrônica, que emprega sons tratados em laboratórios.
Ao lado da Música Aleatória, que é organizada à medida que se processa a execução, esses gêneros constituem o fenômeno mais recente e mais controvertido de toda a história da música.
Guiados pela moderna teoria da comunicação de massas, e tendo como lema a "antimúsica para salvar a música", seus cultores se permitem total liberdade para chocar ou divertir o público.
A fúria, o desgosto, o estarrecimento e o entusiasmo provocados pelas apresentações dessa Música de Vanguarda refletem com clareza o entrechoque de conceitos e a guerra de gerações que caracterizam o momento atual.
É certo que a Música Contemporânea não se esgota aqui. Os recursos hoje disponíveis para a criação sonora são muitos e variados. Largos horizontes se abrem e o mundo dos sons ainda tem muito a oferecer.
Mas os rumos que a expressão musical seguirá são imprevisíveis. Quanto a isso, não há dúvida.
Fonte: Publicado originalmente em http://www.nosachamos.com/musica/hist.htm