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domingo, 28 de março de 2010

Fonética




http://www.uiowa.edu/~acadtech/phonetics/#

Este site, desenvolvido pela Universidade de Iowa (EUA), possui uma biblioteca animada dos sons do inglês, alemão e espanhol. Para cada consoante e vogal há um diagrama articulatório animado descrito passo-a-passo, além do audio e video do som falado e contextualizado. É destinado a estudantes de fonética, linguística e línguas estrangeiras. Inclusive há um diagram interativo da anatomia articulatória.

Este é um projeto colaborativo dos Departamentos de Língua Espanhola e Portuguesa, Alemã, Patologia da Fala e Audiologia e Tecnologias Acadêmicas da Universidade de Iowa (EUA).

Importante: Você deve ter instalado em seu computador o Flash 7 para utilizar este site.
(Trad. de Luís Carlos Amorim)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Idiomas Tonais São a Chave Para o Ouvido Absoluto


Se você quer que seus filhos tenham ouvido absoluto como os maestros de música Mozart e Chopin, então coloque-os desde pequenos em aulas de mandarim ou vietnamita. A probabilidade de desenvolver o ouvido absoluto parece estar ligada ao idioma que as pessoas falam, confirmando que as crianças podem conseguir esta capacidade quando são bem pequenas.

As estimativas sugerem que o ouvido absoluto é muito raro nos EUA e Europa, com apenas 1 em cada 10.000 sendo capaz de ouvir um tom único e identificá-lo como um Dó central, por exemplo. Mas é ligeiramente mais comum em pessoas que começam um treinamento musical com menos de cinco anos.

Além disso, um estudo de 2006 da psicóloga Diana Deutsch da Universidade da Califórnia em San Diego, demonstrou que o ouvido absoluto é comum em estudantes de música chineses que falam mandarim. O mandarim, assim como o cantonês ou vietnamita, é um idioma tonal, na qual o tom de uma palavra falada é essencial para o seu significado. “Em minha experiência, os músicos na China não acham que o ouvido absoluto seja uma coisa notável, porque é muito comum,” diz Deutsch.

Para descobrir se os chineses possuíam uma vantagem genética, a equipe de Deutsch testou o ouvido absoluto de 203 estudantes de música – eles tinham que identificar todas as 36 notas de três oitavas tocadas em ordem aleatória. Os que foram testados incluíam 27 estudantes de etnia chinesa e vietnamita que tinham diferentes níveis de fluência no idioma tonal aprendido de seus pais.

Ocorreu que os estudantes asiáticos não pontuaram melhor do que estudantes brancos, se não fossem fluentes no idioma de seus pais (Journal of the Acoustical Society of America, vol. 125, p 2398). Mas estudantes muito fluentes tiveram altas pontuações, conseguindo cerca de 90 por cento das notas corretas, em média. “Eles foram incrivelmente bem. A diferença foi gritante,” diz Deutsch.

Este estudo sugere que aprender um idioma tonal tem um papel muito mais relevante para o ouvido absoluto do que os genes. “Realmente parece como se as crianças pequenas adquirissem o ouvido absoluto se é dado a elas a oportunidade de conectar rótulos verbais a notas musicais na idade em que aprendem a falar,” conclui Deutsch.

Diana Deutsch

Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20227064.300-tonal-languages-are-the-key-to-perfect-pitch.html

Publicado na revista New Scientist de 2 de Maio de 2009, pág. 10


Veja também:
Genética e Ouvido Absoluto
http://sounds-and-silence.blogspot.com/2010/01/genetica-e-ouvido-absoluto.html

domingo, 21 de março de 2010

Músicas que "grudam" criam "coceira no cérebro"


Uma pesquisa nos Estados Unidos descobriu que algumas músicas não saem da nossa cabeça porque criam uma espécie de "coceira no cérebro", que só pode ser aliviada se o som for cantarolado muitas vezes. Na Alemanha, esse tipo de música é conhecido como "ohrwurm" ("verme de ouvido") e, tipicamente, tem uma melodia otimista, com letra repetitiva, que fica entre atraente e irritante.

Músicas como Y.M.C.A., do Village People e Macarena, de Los Del Rio, devem seu sucesso à capacidade que têm de criar uma "coceira cognitiva", segundo o professor James Kellaris, da Escola de Administração e Negócios da Universidade de Cincinnati. "Uma coceira cognitiva é o tipo de metáfora que explica como essas músicas ficam na nossa cabeça", disse o professor Kellaris ao programa Outlook, do Serviço Mundial da BBC.

Jingles

"Algumas músicas têm propriedades análogas às de uma histamina, que faz coçar nossos cérebros", explicou. "A única maneira de aliviar a comichão cognitiva é repetir a música em nossa cabeça". O professor Kellaris apresentou os resultados preliminares de sua pesquisa em uma conferência de psicologia do consumo.

Segundo ele, virtualmente todo mundo sofre de comichão cognitiva em um momento ou outro. "Nas pesquisas, descobrimos que entre 97% e 99% das pessoas são suscetíveis a vermes de ouvido em algum momento", afirmou.

"Mas certamente algumas pessoas são mais suscetíveis do que outras. Mulheres tendem a ser mais suscetíveis do que homens. Os músicos também são mais suscetíveis do que os que não são músicos".

A pesquisa é de grande interesse para a indústria pop - de olho no aumento de vendas - e para anunciantes, que usam jingles para assegurar que as marcas fiquem na cabeça dos ouvintes. "Para os objetivos da música pop e da propaganda, deseja-se alguma coisa que uma vez ouvida não seja esquecida rápida ou facilmente", explicou Chris Smith, criador de jingles.

Segundo ele, um bom "verme de ouvido" é "insidioso e freqüentemente primitivo". "Um dos elementos-chave de um "verme de ouvido" é a repetição", disse Smith. "Algo com conteúdo muito variado não é assimilado facilmente".

"Realmente, eu acho que, para objetivos práticos, um "verme de ouvido" é realmente alguma coisa que as pessoas podem captar rapidamente e reproduzir enquanto estão caminhando na rua, para a infelicidade de muita gente".

Mozart

Até mesmo os grandes músicos sofreram com "vermes de ouvido", segundo Smith. Mozart ficava "enfurecido" quando seus filhos tocavam melodias e escalas no piano em um quarto abaixo do dele, mas paravam antes de concluir a música. "Ele descia correndo e completava a escala, porque não podia suportar ouvir uma escala incompleta", contou Smith.

Professor Kellaris disse que sua pesquisa mostrou que não há, no entanto, um padrão para criar um "verme de ouvido". As pessoas reagem de forma diferente a diferentes canções. Segundo ele, também não há qualquer meio garantido de tirar a música de nossa cabeça.

"Estratégias de substituição raramente funcionam, porque enquanto procuramos na memória uma canção substituta, provavelmente vamos achar outro "verme de ouvido", reconheceu. "Algumas pessoas defendem estratégias de conclusão. Se você ouvir uma música integralmente, algumas vezes isso faz com que saia da sua cabeça.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,6752,OI200523-EI238,00.html

quinta-feira, 18 de março de 2010

Programas de música na TV BRASIL




Único programa da TV aberta brasileira dedicado exclusivamente à música clássica, A Grande Música apresenta recitais realizados no Brasil, especialmente gravados para a TV Brasil.
Direção: Gustavo Lopes.
Direção geral, apresentação e comentários: maestro José Schiller.
O programa vai ao ar sábado, às 15h, e segunda-feira, à 0h10.
O programa também é transmitido pela Rádio Mec FM 98,9 MHz
Indicação Livre.



Cena Musical é um programa que traça um painel sobre o cenário musical brasileiro. A série, apresentada toda quarta, reúne artistas convidados focando a obra e seu contexto no ambiente musical do país, por meio de entrevistas e de imagens de shows. O Cena Musical vai mostrar alguns dos melhores espetáculos que acontecem no Rio de Janeiro.
Além dos números musicais, também há entrevistas com os músicos e imagens exclusivas dos bastidores. Outro destaque será a participação popular por meio de depoimentos de cidadãos de várias cidades do país.
Toda quinta, às 00h.



Samba na Gamboa, com 26 episódios, conduzido pelo sambista símbolo da novíssima geração do samba: Diogo Nogueira. Pela primeira vez apresentando um programa, Diogo entrevista, recebe convidados para noitadas do samba, canta músicas de seu próprio repertório, lançamentos e clássicos. A série busca histórias, memórias e casos da nossa música mais popular.



A dupla Maurício Pacheco e Mariano Marovatto, que já atuou em outros projetos, estão juntos novamente na TV Brasil. Os dois jovens apresentam o Segue o Som, a nova atração da TV Brasil que pretende divertir e informar com música, clipes, entrevistas, lançamentos, dicas e muito conteúdo. Eles são músicos, compositores, pesquisadores, produtores e estudiosos. E mais: interessados, fãs de música e dispostos a dividir isso com quem também estiver interessado em seguir o som.
“Antigamente não havia tanto acesso a informação como hoje. Saber selecionar e descobrir coisas são tarefas que nós dois desenvolvemos com a vivência e dedicação.” Maurício Pacheco
Quem estiver em casa e nas ruas vai poder participar do programa através de e-mail (segueosom@tvbrasil.org.br), do Twitter (http://twitter.com/segueosom), das matérias produzidas na rua ou de pedidos feitos por artistas e pelo público. Animados, os apresentadores já definiram o foco do programa, tendo o cuidado de passar informações novas e outras facetas da carreira dos artistas. Uma preocupação é deixar o público mais próximo da arte e mostrar como ela se dá com o artista de sua preferência.
A escolha da dupla foi uma grata surpresa, principalmente para os dois. Amigos de longa data, eles fizeram os testes nos estúdios da TV Brasil no mesmo dia. Mas, em nenhum momento se cruzaram ou falaram. Um não sabia que o outro estava disputando o mesmo posto. Ao final, a novidade: foram escolhidos para apresentar o novo programa da emissora.
“Segue o Som é um espaço da música brasileira, a gente não tem preconceito com nada. Não é que não vá rolar música internacional. Mas precisará estar dentro de um contexto, uma conexão.” Mariano Marovatto
"Foi totalmente por acaso. Não sabia que Maurício tinha feito o teste, e ele não sabia que eu tinha feito o teste. Aí, quando falaram é o Maurício Pacheco, conhece? Eu dei uma risada ao telefone!", comentou Mariano.
HORÁRIO:
SEGUNDAS ÀS 18H
SEXTAS ÀS 19H
SÁBADOS ÀS 20H



A série Som na Rural, de 26 episódios, estréia na quinta-feira, dia 11 de dezembro. O programa é apresentado pelo articulador cultural Roger de Renor, que entrevista seus convidados em uma Rural Willys, um estúdio móvel ambientado. O trajeto termina num set montado em algum espaço público, depois de muita conversa e paisagens locais. O programa é gravado em Recife e em outros lugares do Nordeste.
No cenário, aberto ao público, o grupo convidado do Som na Rural tocará seis músicas de seu repertório. No programa, cada uma destas atrações ainda indica outra banda e/ou artista para aparecer no Som na Rural, geralmente, artista/bandas que ainda estão despontando na cena local. Uma matéria, relacionada à banda e/ou artista convidado, também será feita, além de vinhetas poéticas e sonoras.

CONFIRAM!! =]
http://www.tvbrasil.org.br/#programas

quinta-feira, 11 de março de 2010

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão


www.festivalcamposdojordao.org.br

Diretor: Roberto Minczuk
Largo General Osório, 147 - Luz - São Paulo-SP
Fone: (11) 3331-6166

O maior festival de música do País leva a Campos do Jordão alunos bolsistas que passam um mês estudando com grandes nomes da música nacional e internacional. Paralelamente às atividades pedagógicas, há uma intensa programação com grandes convidados, com apresentações em diferentes lugares da cidade.

Criado em 1970 pelos maestros Eleazar de Carvalho, Camargo Guarnieri e Souza Lima, o Festival de Inverno de Campos do Jordão foi inspirado no Festival de Tanglewood.

A partir de 1973, o maestro Eleazar de Carvalho, então diretor artístico do Festival, deu início à programação pedagógica, concedendo bolsas de estudos para jovens promissores no campo da música. Este caráter pedagógico, que permanece até hoje, possibilita aos estudantes o aprofundamento de estudos musicais através de aulas, em tempo integral, com renomados professores.

A partir de 1995, o Festival entrou em uma nova fase, não só na qualidade da programação, que trouxe nomes internacionais de peso como o tenor Roberto Alagna, Aprile Millo, a pianista Maria João Pires e o trompetista Daniel Havens.

Desde que assumiu a Direção Artística do Festival, em 2004, o maestro Roberto Minczuk, como ex-bolsista do Festival, retomou a principal característica do evento, com ênfase na programação clássica e na área pedagógica.

Atualmente, o Festival realiza cerca de 40 apresentações de importantes orquestras, grupos de câmaras e recitais nos principais teatros e espaços da cidade. Entre eles, o Auditório Cláudio Santoro, Palácio Boa Vista, Igreja de Santa Terezinha, Igreja São Benedito e a Praça Capivari, espaço este onde os concertos são ao ar livre para milhares de pessoas. Paralelamente e esta consistente programação, o Festival realiza diversos cursos de formação musical: Cursos de Instrumentos de Orquestra Sinfônica, Piano, Violão, Música de Câmara, Prática de Orquestra Sinfônica, Regência de Orquestra e Composição (aulas individuais, masterclasses, prática, grupo).

O Festival de Inverno de Campos de Jordão tem um público fiel de aproximadamente 80 mil espectadores diretos, que lotam a cidade atraindo diversos eventos simultâneos. A cidade de Campos do Jordão e o Festival conquistaram ao longo destes anos um “charme” inusitado nas cidades brasileiras, reforçado pelo frio do inverno e da gastronomia requintada.
Em 2007, o Festival contará com a participação da soprano neozelandesa Kiri Te Kanawa, da pianista portuguesa Maria João Pires, os grupos London Brass e Eroica Trio, dentre muitos outros.

domingo, 7 de março de 2010

Música online



- 100 vídeo aulas para você aprender a tocar um instrumento:
http://www.onlineuniversitylowdown.com/2007/08/100-free-music-lessons-you-can-take-on-you-tube.html

- Um relógio de som (Arraste as bolinhas e faça seu som básico)
http://www.dyspxl.com/play/soundclock-beta

- Partituras de centenas de músicas
http://freesheets.org/

- Procure por sons e efeitos sonoros
http://www.findsounds.com/

- Aprenda os acordes de violão e guitarra online
http://www.chordbook.com/guitarchords.php

- Toque bateria online
http://www.buckle.com/static/bscene/games/drums/drums.html

- Toque piano online
http://www.thevirtualpiano.com/

- Toque teclado online
http://buttonbeats.com/

;)

sexta-feira, 5 de março de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Castrato

Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde em pleno à das vozes femininas, seja de soprano, mezzo-soprano, ou contralto. Esta faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte dos canais dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada "mudança de voz" não ocorre. A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a passagem para a corrente sanguínea das hormonas sexuais produzidas pelos testículos, as quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se, nomeadamente em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem. O termo castrato designa não só o cantor mas também o próprio registo da sua voz.

Os castrati na história

A prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) teve início no século XVI, tendo surgido devido à necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas da Europa Ocidental, já que a Igreja Católica Romana não aceitava mulheres no coro das igrejas. No fim da década de 1550, o duque de Ferrara tinha castrati no coro da sua capela. Está documentada a sua existência no coro da igreja de Munique a partir de 1574 e no coro da Capela Sistina a partir de 1599. Na bula papal de 1589, o papa Sisto V aprovou formalmente o recrutamento de castrati para o coro da Igreja de S. Pedro. Na ópera, esta prática atingiu o seu auge nos séculos XVII e XVIII. O papel do herói era muitas vezes escrito para castrati, como por exemplo nas óperas de Handel. Nos dias de hoje, esses papéis são frequentemente desempenhados por cantoras ou por contratenores. Todavia, a parte composta para castrati de algumas óperas barrocas é de execução tão complexa e difícil que é quase impossível cantá-la. Muitos rapazes que eram alvo da castração eram crianças órfãs ou abandonadas. Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole numerosa, entregavam um filho para ser castrado. Em Nápoles, recebiam a sua instrução em conservatórios pertencentes à Igreja, onde leccionavam músicos de renome. Algumas fontes referem que muitas barbearias napolitanas tinham à entrada um dístico com a indicação "Qui si castrano ragazzi" (Aqui castram-se rapazes). Em 1870, a prática de castração destinada a este fim foi proibida em Itália, o último país onde ainda era efectuada. Em 1902, o papa Leão XIII proibiu definitivamente a utilização de castrati nos coros das igrejas. O último castrato a abandonar o coro da Capela Sistina foi Alessandro Moreschi, em 1913. Na segunda metade do século XVIII, a chegada do verismo na ópera fez com que a popularidade dos castrati entrasse em declínio. Por alguns anos, ainda existiram desses cantores na Itália. Com o tempo, porém, esses papéis foram transferidos aos contratenores e, algumas vezes, às sopranos.

O filme "Farinelli"

O mais famoso castrato do século XVIII terá sido Carlo Broschi, conhecido por Farinelli, tendo sido realizado um filme sobre a sua vida, Farinelli il Castrato. O filme "Farinelli", de Gérard Corbiau (1994) focaliza a vida do mítico cantor italiano Carlo Broschi (1705-1782), que iniciou sua carreira ao lado do irmão, o pianista Ricardo Broschi. Fora aluno de Nicola Porpora e ganhou muito prestígio em toda a Europa. Aparece como um galã, de olhar triste e solitário, que encerrou carreira como cantor exclusivo do rei Felipe V da Espanha, que o contratou porque seu canto era a única coisa que o tirava da depressão. No longa-metragem, Farinelli vive um embate com o compositor Haendel, que quase vai à falência quando o astro rouba o público de seu teatro para o do concorrente. Na época dos castrati, a estrela era o cantor; a música, portanto, deveria estar a serviço dele. E o filme toca nesse assunto quando Haendel descarrega em Farinelli todo seu ódio. De ambas as partes, era uma relação alimentada por admiração e raiva. Farinelli alcançava 3.4 oitavas, do Lá2 até o Ré6, com sua voz e, dizem, tinha a capacidade de sustentar 150 notas em um só fôlego. Para fazer o filme, foi necessário juntar a interpretação de dois cantores, um contratenor e uma soprano coloratura. Como não há gravações, ninguém sabe dizer ao certo como era a voz de Farinelli e de seus contemporâneos. Há apenas alguns registros do último castrato, Alessandro Moreschi (1858-1922), que serviu na Capela Sistina e, entre 1902 e 1904, gravou dez discos.


O livro "Cry to Heaven"

"Cry to heaven" é uma obra de Anne Rice de 1982, que descreve a vida de "castrati" italianos, cantores de ópera, na sociedade do séc. XVIII. Homens que foram adulados por multidões, como hoje o são os ídolos pop, sujeitos de paixões por homens e mulheres, mas que, no entanto, não deixavam de ser considerados apenas como meios-homens (ou meio-humanos). Fonte: Portal da Música Erudita da Wikipédia

terça-feira, 2 de março de 2010

Barbatuques

Turma de ARTE EDUCAÇÃO da Universidade de Sorocaba..


Barbatuques..

O corpo humano pode ser considerado nosso primeiro instrumento musical. Ainda como ouvinte o bebê já escuta os sons do corpo de sua mãe. Desde o primeiro choro, ele vai naturalmente explorando sons e movimentos, interagindo com o meio externo e estabelecendo comunicação. Já temos desde o início em nosso corpo a presença do ritmo. A batida do coração, a respiração e mais adiante o andar, são todos processos que envolvem regularidade, repetição e que nos trazem referências rítmicas. Não é a toa que no vocabulário musical se utilizam as palavras pulsação e andamento. Conforme a criança cresce ela tende a explorar ludicamente os sons da boca, voz, palmas, batidas dos pés assim como os sons dos objetos que estão ao seu redor. Mais tarde também usamos certos tipos de sons em nosso cotidiano tais como assobios, palmas, batidas de pés e cantos tanto para nos comunicar como para fazer música. No Barbatuque, a proposta de estudar especificamente os sons do corpo vem a ser primeiramente um resgate desse nosso momento infantil de brincar sonoramente com o corpo, trazendo lembranças de sons que já fizemos e gerando novos sons para nosso repertório.

Objetivos didáticos
•Promover o aprendizado de amplo repertório de sons que podem ser produzidos pelo corpo.
•Estimular o contato do aluno com seu próprio corpo.
• Promover a integração desses sons corporais com a intenção de produzir ritmos e melodias.
•Estimular a capacidade de memorização, concentração e assimilação corporal do ritmo.
•Desenvolvimento da coordenação motora e da percepção rítmica, melódica e harmônica
•Desenvolvimento da capacidade de criação musical espontânea tanto individualmente como em grupo.
•Despertar no aluno uma atitude lúdica e cooperativa, incentivando-o a se expressar musicalmente num grupo levando em conta as diferentes qualidades e potenciais de seus integrantes.
www.barbatuques.com.br

Principais composições de Heitor Villa-Lobos


Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 – Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um maestro e compositor brasileiro.
Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do Modernismo no Brasil, compondo obras que enaltecem o espírito nacionalista onde incorpora elementos das canções folclóricas, populares e indígenas...

Principais composições

Música Orquestral
12 sinfonias (1916–1957)
Uirapuru (1917)
Amazonas (1917)
Choros
n.º 06 (1926)
n.º 08 (1925)
n.º 09 (1929)
n.º 11 (1928)
n.º 12 (1929)

Bachianas brasileiras
n.º 01 (1930) para 12 Violoncellos
n.º 02 (1930) para orquestra
n.º 03 para piano e orquestra (1938)
n.º 04 (1936) para piano ou para orquestra
n.º 05 (1938-1945) para soprano e 8 violoncellos
n.º 06 (1938) para flauta e fagote
n.º 07 (1942) para orquestra
n.º 08 (1944)
n.º 09 (1945) para orquestra e choro
Erosão (1950)
Odisseia de uma Raça (1953)
Gênesis (1954)
Emperor Jones (1956)
Momoprecoce para piano e orquestra (1929)
5 concertos para piano e orquestra (1945, 1948, 1957, 1954, 1954)
Martírio dos Insetos para violino e orquestra (1925)
2 concertos para violoncelo e orquestra (1913, 1955)
Concerto para Violino e Orquestra (1951)
Concerto para violão e pequena orquestra (1951)
Concerto para Harpa e Orquestra (1953)
Concerto para Harmônica e Orquestra (1953)
Ciranda das Sete Notas para fagote e orquestra (1953)
Fantasia para Violoncelo e Orquestra (1945)
Concerto grosso (1958)

Piano
Danças Características Africanas (1914)
Prole do Bebê n.º 01 (1918)
Prole do Bebê n.º 02 (1921)
Lenda do Caboclo (1920)
Rudepoema (1926)
Choros n.º 05 (1926)
Cirandas (1929)
Saudades das Selvas Brasileiras (1927)
Valsa da dor (1930)
Ciclo Brasileiro (1936)
As Três Marias (1939)
Hommage a Chopin (1949)

Música de câmara
17 quartetos de cordas (1915–1957)
3 trios para piano, violino e violoncelo
Sexteto Místico (1917)
Quarteto Simbólico (1921)
Trio para oboé, clarinete e fagote (1921)
Noneto (1923)
Quarteto de sopros (1928)
Quinteto em Forma de Choros (1928)
Bachianas n.º 01 para conjunto de violoncelos (1930)
Bachianas n.º 06 para flauta e fagote (1938)
Trio de cordas (1945)
Duo para violiono e viola (1946)
Assobio a Jato (1950)
Fantasia Concertante (1953)
Duo para oboé e fagote (1957)
Quinteto instrumental (1957)

Violão
Choros n.º 01 (1924)
Estudos (1924–1929)
Prelúdios (1940)
Música vocal
Canções típicas brasileiras (1919)
Serestas (1925)
Bachianas n.º 05 (1938–1945) para soprano e 8 violoncellos
Floresta do Amazonas (1958)
Modinhas e canções (1933–1942)
Poema de Itabira (1942)

Música Coral
Vida Pura, oratório (1919)
Descobrimento do Brasil, 4 suítes (1937)
Missa de São Sebastião (1937)
Bendita Sabedoria (1958)
Magnificat (1958)

Música Dramática
Izaht, ópera (1912/1918)
Magdalena, opereta (1947)
Yerma, ópera (1956)
A Menina das Nuvens, ópera bufa (1958)


Sites relacionados:
www.memoriaviva.com.br/villalobos
www.museuvillalobos.org.br
www.vidaslusofonas.pt/villa-lobos.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heitor_Villa-Lobos

segunda-feira, 1 de março de 2010

Cérebro Reduz Visão Para 'Ouvir Melhor'


O cérebro pode diminuir nossa habilidade de ver para que possamos ouvir música e sons complexos, dizem especialistas do Wake Forest University Baptist Medical Center e da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Um estudo envolvendo 20 maestros e 20 pessoas sem formação musical específica revelou que ambos os grupos direcionam atividade do cérebro para fora das áreas associadas à visão durante tarefas auditivas. Exames de ressonância magnética mostraram queda de atividade nessas áreas e aumento em outras.

Durante uma conferência da Society for Neuroscience, os pesquisadores afirmaram que as alterações foram menos intensas nos maestros do que nos leigos durante tarefas auditivas mais complexas. Os estudiosos realizaram exames de ressonância magnética, que medem alterações em tempo real na atividade cerebral a partir de mudanças na circulação do sangue em áreas diferentes do cérebro. Pesquisas anteriores identificaram as partes do cérebro envolvidas na visão e na audição. Os participantes estudados na pesquisa tinham idades entre 28 e 40 anos.

Durante os exames, eles ouviram duas notas musicais separadas por um intervalo de alguns milionésimos de segundo e tiveram de identificar qual delas havia sido tocada primeiro. O teste para os maestros foi dificultado para compensar as diferenças de formação profissional. Como esperado, os cientistas verificaram que a atividade aumentou nas partes do cérebro associadas à audição e caiu nas áreas responsáveis pela visão. À medida que a tarefa ficava mais e mais difícil, os voluntários sem formação musical desviavam mais e mais atividade para longe das regiões visuais do cérebro e concentravam a ação nas regiões auditivas. No caso dos maestros, no entanto, a transferência de atividade entre as diferentes regiões do cérebro cessou após um certo ponto, indicando que anos de treinamento profissional podem ter alterado a forma como seus cérebros estão organizados.

"É como fechar os olhos para ouvir música", disse o cientista responsável pelo estudo, Jonathan Burdette. "Imagine a diferença entre ouvir alguém falar em uma sala silenciosa e aquela mesma discussão em uma sala barulhenta: você não vê muito do que está acontecendo na sala barulhenta." Outro pesquisador, David Hairston, disse que o estudo mostra quão flexível pode ser esse mecanismo. "Como ele funciona pode variar com treinamento especializado e experiência", disse.

Fonte: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2007/11/05/327031479.asp