B: nome da nota "si" nos países anglossaxónicos. Nos países de língua alemã, a letra B designa o si bemol enquanto que o si (natural) é representado pela letra H.
Badinerie: sinónimo de bagatela, designa uma peça musical dos séc. XVII e XVIII, com um matiz certa ingenuidade e simplicidade. Ficou célebre da "badienrie" da Suite nº 2 em Si menor de Johann Sebastian Bach.
Bagatela (ital. bagatella): palavra que designa uma peça musical viva, ligeira e breve. A mais conhecida é provavelmente a "Bagatela em lá menor 'Para Elisa'", de L. v. Beethoven.
Bailado: espectáculo coreográfico com origem na corte francesa durante o século XVI.
Baixo cifrado: escrita musical abreviada dos acordes por meio de cifras, a partir do baixo. Faz parte do ensino académico da Harmonia e esteve particularmente em voga durante o século XVII e XVIII.
Balada: Uma das formas da poesia lírica medieval, em forma estrófica, inicialmente monódica e depois polifónica; canção sentimental em andamento lento, na Pop, Rock, Jazz.
Ballata (ital.): forma musical em forma estrófica destinada ao canto e à dança, muito difundida na Itália, entre os séc. XIII-XV. Antes de ser destronada pela "frottola", foi cultivada por compositores célebres como Landini, Ciconia e Dufay.
Banda de música: conjunto instrumental constituído basicamente por sopros (metais e madeiras) e percussão.
Barcarola: geralmente em compasso 6/8, (semínima colcheia semínima colcheia) é uma canção inspirada na ondulação do mar, inicialmente canção dos gondoleiros de Veneza. Esta forma musical foi usada por vários compositores europeus, designadamente Mendelssohn e Offenbach.
Bardo: designação de poetas e cantores celtas da Inglaterra antiga, que se faziam acompanhar de um instrumento tradicional chamado "crwth".
Barítono: a voz masculina intermédia entre o baixo, a mais grave e o tenor, a voz mais aguda. No Jazz, barítono sem mais designa o saxofone barítono.
Barra: linha vertical que, dividindo os compassos se chama simples, podendo, além disso, ser dupla ou final.
Barroco: estilo muito ornamentado nascido em Itália com a monodia acompanhada e a invenção do baixo contínuo. Neste período de um século e meio (1600-1750, sensivelmente), entre a Renacença e o Classicismo, surgem a ópera, a cantata, o oratório e desenvolvem-se a sonata, o concerto e a música para teclado, especialmente para órgão. A utilização do baixo contínuo e a teoria dos afectos caracterizam este período da História da Música.Entre os grandes compositores deste período contam-se Giovanni Gabrieli, Claudio Monteverdi, Antonio Vivaldi, Domenico Scarlatti, Johann Sebastian Bach, George Frederick Haendel.
Batalha: composição vocal ou organística de carácter bastante descritivo muito em voga no século XVI. Ficou célebre a "Batalha de Marignan", de Jannequin).
Bel canto (ital.): ópera; maneira de cantar e estilo de composição entre o séc. XVII até às primeiras décadas do séc. XIX, na Itália.
Bemol: sinal usado na notação musical para baixar meio tom, sem que ela mude de nome. O duplo bemol baixa dois meios tons.
Benedicamus Domino (lat.): fórmula dialogada utilizada na liturgia como cláusula da Liturgia das Horas ou a própria Missa.
Benedicite (lat.): antiga oração de bênção da refeição nos mosteiros e nos lares cristãos.
Benedictus (lat.): segunda parte do "Sanctus", na Missa. Na Liturgia, quando se fala hoje em "Benedictus" refere-se o canto Bíblico retirado do Evangelho de São Lucas 1, 68, que começa com as palavras "Benedictus Dominus Israel" ("Bendito o Senhor, Deus de Israel") e é cantado na Liturgia das Horas, na oração matinal de Laudes. Este é, com o "Magnificat" (cantado ou rezado à tarde, na oração de Vésperas) e o "Nunc dimittis" (na oração de completas, antes de deitar), um dos cânticos maiores da Igreja Católica Romana.
Bequadro: sinal gráfico usado na notação musical para anular o efeito das alterações anteriores.
Binário: compasso ou ritmo de dois tempos, sendo forte o primeiro tempo e fraco o segundo. Os compassos simples são constituídos por tempos divisíveis por dois (divisão binária).
Bis (lat.): no fim de um refrão, por exemplo, significa que se canta "duas vezes". No fim de um concerto, o público pede a repetição de uma peça ou a execução de um número extra programa.
Bitonalidade: base de composição de uma peça musical em que estão presentes duas tonalidades em simultâneo.
Bizantino (canto): canto tradicional da Igreja ortodoxa cujas origens remontam ao canto hebraico e a tradições musicais sírias e arménias.
Blues (ingl): música lenta e triste dos negros americanos, sobre poesia popular, que fundiu as influências das músicas europeias e africanas.
Bolero: dança espanhola, particularmente andaluza, conhecida desde finais do séc. XVIII, em compasso ternário e andamento moderado. Tornou-se também popular na América Latina e mesmo em Paris, no século XIX, sendo especialmente conhecida na música erudita pela obra homónima de Ravel.
Bombarda: instrumento de sopro em madeira, de palheta dupla, da família do oboé, usado especialmente entre os séculos XV-XVII; registo do órgão.
Bombo: membranofone, o maior dos tambores.
Bourdon: um dos registos de base do órgão de tubos, tanto na pedaleira como nos outros teclados.
Bourrée (fr.): antiga e animada dança francesa em compasso binário ou ternário, ainda hoje praticada em certas regiões de França (Berry).
Breve: unidade fundamental de duração na métrica antiga, valendo duas semibreves, que se manteve nos solfejos até meados do século XX.
BWV: abreviatura de Bach-Werke-Verzeichnis, no catálogo usado para designar as obras de Johann Sebastian Bach, segundo a organização de Wolfgang Schmieders.
Fonte: http://www.meloteca.com/dicionario-musica.htm
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